sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A história da loucura financeira se repete. Já rolou na grande depressão americana de 29, em 1987, 2000…
No século 17 houve a famosa bolha especulativa das tulipas, na Holanda. Uma incrível valorização das lindíssimas flores quando um só bulbo de tulipa chegou a valer 25 mil euros de hoje!
Esta época inventou o “mercado futuro”, o “mercado de opções”… O enganoso mundo do papel, a fé no lucro fácil.
O economista John Gailbraith analisou essa doideira genialmente quando diz que a memória financeira das pessoas é curtíssima, na crença de ganhar muito, sem a produção concreta de bens… No papel. Dinheiro vendendo dinheiro…
Esta fé “religiosa” no capital cria uma psicose de euforia nas pessoas que as faz odiar os sensatos, chamados de “chatos”, pois as pessoas ficam mais idiotas quando estão mais felizes disse ele.
Gailbraith mostrou também que a economia não é pura; é política, histórica, psicológica… Humana em suma.
Mas os mestres do universo de Wall Street são em geral os mais otimistas e aqueles que estimulam o delírio dos investidores, que acham que o mercado livre é uma verdade “imexível”, acima da vida.
Deu no que deu: não intervieram antes e… Agora estão intervindo depois…vai custar trilhões… Mais que a guerra do Iraque…
Mercado livre… Um “katso”…

Fala, em “fanhês”, o ex-prefeito de Londres, Ken Livingstone: “É triste, mas eu não acho que se trate do fim do capitalismo. Há que haver um retorno a um estado muito mais intervencionista. (…) Thatcher e Reagan desregulamentaram tudo em massa, deixando que os mercados financeiros fizessem o que bem entendessem. Um centro financeiro, como o Reino Unido, tem que depender de uma economia sólida e genuinamente produtiva.”

contradições...

O artista plástico Patrick Brill, que atende pelo nome artístico de Bob e Roberta Smith – é, assim mesmo, feito um casal de patinadores --, dá seus 7 centavos de dólar de opinião: “No mesmo dia em que o banco Lehman Brothers pediu o boné, o (“artista plástico”, com aspas minhas) Damien Hirst faturou US$ 70 milhões num leilão pessoal. Ninguém deve gozar se o capitalismo tiver chegado a seu fim. Lembremos que, por trás de cada banqueiro, há gente comum em muito mais apuros.”
Preciso me familiarizar mais com a obra dos três. Patrick, Bob e Roberta.

Michael Onfray, que nunca ninguém ouviu falar, certo?

“O fim do capitalismo? De jeito nenhum. A principal característica do capitalismo é sua maleabilidade. Ele já passou pela antiguidade, o feudalismo e a era industrial, já tendo usado a máscara do fascismo e, hoje em dia, coabita com a causa ecológica. Após estes recentes eventos, o capitalismo, como a Hidra de Lerna, adotará uma nova forma. Cortem uma de suas cabeças e outra nascerá em seu lugar. Chegamos ao fim da obsessão da sociedade com crédito e dinheiro? Em hipótese alguma.”
Salta um duplo para o Michael, ô Manél!
Enquanto isso, sabemos, muita gente, em diversos pontos do globo fatura alto. Todos, com certeza, chineses.


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